Não Vou Desistir

Gustavo GN

Compositor: Não Disponível

Tantas porradas eu tomei
Caí pra me levantar
Procurando um porque e um motivo pra ficar
Mas uma vez pensei: É hoje que eu vou parar!
Um monstro interior que vem pra me assombrar
Tantas portas eu abri e quantas delas veio a cara
Quantas vezes persisti, mas nunca deu em nada
Mas não posso fraquejar, sei que não posso me entregar
E eu vou continuar até a a caneta falhar!

Cada coração
Cada mente em confusão
Cada caos emocional
Todo conflito e redenção
Usei como escape pra cantar aos meus irmãos
E hoje mudo meu nome
Me chame libertação
Sou lp e meu rap canta minha alma
E se não fosse assim, então não seria nada
Não vim por fama nem por grana, faz favor
Eu vim pra ser uma lenda, então eu canto com amor
Não vim pra protestar, protesto é interior
Só quero usar meu rap como forma de clamor
Um salve pro projota, marechal e thaíde
E se eu tô aqui agora
Agradeço ao rashid
A vida é desafio, eu te entendo, mano brow
Respeito é pra quem te, então sem sabotage
Visionário é o cabal, profeta ancestral
E se o rap é nacional, o meu é espiritual
Eles pensam: Não sou capaz
Surpreendo e escrevo mais
Vencedor também perdeu, num longínquo tempo atrás
A dor é o combustível, sinta o quanto puder
A vida é corda bamba, mantenha-se de pé

Lado a lado com a fé, caminhei pelos espinhos
Ninguém me perguntou quando eu estava aqui sozinho
Não lastimei ao sofrimento, abracei ao meu tormento
Eu e Deus na caminhada, descalço nessa estrada

Prometi pra mim mesmo que era o final dessa porra
Mas se eu parar de escrever, o que será de mim?
Jamais iria suportar ter que abrigar minhas dores
Como iria me libertar de tudo que é ruim?
No pior dia da minha vida, fiz a melhor letra
Me senti um merda e hoje faz sentido
Há momentos que a vida é tipo muita treta
E nessas tretas é que cê vê quem realmente está contigo
Eu digo é o rap que sempre esteve ao meu lado
Independente ao fato, bronca, papo reto, ele tava lá
Eu digo é o rap, som chiado, mal escrito
Sem ouvintes, sentidos, ruídos
Fez questão de me escutar

Me deu tudo que tenho, não só bens mas me deu vida
Confidente dos tormentos, era o meu quinto vigia
Naquela sala em prantos, foi o soldado que fica
Me tornei o oitavo anjo, vi que a escrita era divina
Sentindo a dor que o homem chora, pois até Jesus chorou
Cada lágrima escorrida, o transbordo de uma dor
Trago na composição: Cicatrizes e feridas
Sinto que a minha missão é vir aqui pra salvar vidas
Nada como um dia após o outro dia, a realidade é cruel
Quem nunca quis ir pra um bom lugar, seguir um só caminho
Com destino ao céu?

No ápice do meu transtorno, pensei até em partir
Pois o inferno é o paraíso pra quem sobrevive por aqui
Já vivi e já morri, vi o céu e o paraíso
Me equilibro em corda bamba entre a vitória e o abismo
Já nem tenho mais conta das vezes que a morte na sede veio me querendo
Mas nenhum óbito é tão doloroso quanto estar com vida e não está vivendo

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